segunda-feira, 25 de maio de 2009

O trabalho que um trabalho dá...

Já tem um tempinho que eu ando com a cabeça na entrevista que a gente tem que fazer pra escola. Entrevista sempre foi complicado pra mim, eu nunca mesmo achei que eu ia ser boa nisso, então preocupação em dobro aí.
Eu escolhi fazer essa entrevista pela internet. O professor avisou que não era uma das melhores opções, porque você perde o contato visual, fica mais difícil pra descontrair e tudo maais... lição aprendida!
A entrevista foi muito boa e tudo, o Israel do Vale com certeza tem muito o que dizer e o conteúdo que a gente conseguiu ficou muito bom. Mas, sabe quando você termina o trabalho e sente que podia ter sido muito melhor? Que você podia ter feito muito mais coisa, dito muito mais coisa...
Certo, grande parte por culpa das minhas limitações mesmo, que sempre me fizeram ahar que esse não ia ser meu forte, mas de verdade, tecologia ébom mas é ruim. hauhauahua
A gente teve uma série de probleminhas técnicos com web cam, microfone, iternet que cai... e claro, os empecilhos que o professor já tinha advertido.
Eu não fiquei das mais satisfeitas com a entrevista, culpa minha mesmo, mas um dos objetivos era ver a importância do contato pessoal, e sabe aquela história de que você só dá valor pro que você não tem? Pois bem, verdade.
Enfim, eu to com aquele sentimento de trabalho não tão bem feito, e não tem nada que me deixa mais desconfortável... mas passa né!

domingo, 5 de abril de 2009

Os livros, a minha mãe e a minha vida.

Eu sempre fui encantada por livros. Quando eu estava na barriga, minha mãe lia pra mim, e depois que eu saí de lá ela ainda fez isso por muito e muito tempo... Meu pai também sempre incentivou esse hábito e eu realmente tomei gosto pela coisa.
Claro que depois que eu descobri a internet e a TV a cabo eu diminuí consideravelmente a frequência das minhas leituras e eu não me orgulho nadinha disso. Mas ainda assim, não há TV ou MSN nesse mundo que me faça desgrudar de um bom livro, tá, o livro não precisa ser necessariamente bom, só precisa ter aquele sei lá o quê que te prende e pronto.
Tem uma infinidade de livros que as pessoas dizem que são bons, vai ver eles são mesmo, mas eu não encontrei o sei lá o quê neles... mas eu tentei, eu juro! Eu detesto abandonar um livro...
Eu queria mesmo era saber escrever, eu escrevo coerentemente, eu sei organizar um texto, mas definitivamente, eu não tenho o não sei o quê. Eu queria um dia deixar uma pessoa satisfeita com o que eu escrevi, fazer com que ela lesse com interesse do começo ao fim, mas eu acho que eu não chego lá. Minha mãe acha.
Ela sempre adorou o jeito que eu escrevo, não que eu mostre pra ela o que eu escrevo, eu sempre tive vergonha de deixar as pessoas verem o que eu escrevo e essa não é exatamente uma característica positiva pra uma jornalista.
Minha mãe lia minhas provas que eu largava pela casa, meus cadernos de redação, os bilhetes que eu escrevia pra ela... E sabe-se lá porquê ela gostava. Aliás, se eu estou fazendo jornalismo a culpa é dela. Entre outras coisas, eu queria pedagogia. Minha mãe fez pedagogia e ela se empenhou ao máximo pra me fazer desistir dela.
Ela disse que eu tinha que escrever. Que eu ia ser melhor escrevendo do que ensinando outras pessoas a fazê-lo. Coisa de mãe sabe...
Eu escuto minha mãe, sempre escutei, e aqui estou eu, fazendo jornalismo. Não, eu não vim obrigada, jornalismo sempre foi um dos meus sonhos, e ele tá se revelando melhor do que eu imaginava! Eu só espero que em algum momento eu me revele tão boa quanto a minha mãe me imagina.



A idéia original do post não era essa, eu até tive que mudar o título. Eu vim aqui falar de um livro que eu li recentemente, eu falo dele depois. Acontece que falar de livros implica em falar da minha mãe. Ela é uma pessoa que vale a pena conhecer, mas isso pode trazer consequências negativas, como quase desmanchar de saudade quando tem que ficar longe dela por algum tempo. <3

segunda-feira, 16 de março de 2009

Acordo Ortográfico, humpf...


Esses dias minha irmãzinha chegou da escola, incrédula, peguntando se eu já sabia que "idéia" não tinha mais acento. Ao dizer isso ela libertou uma raiva que já tava quase adormecida em mim, ela ia ficar adormecida até, sei lá, 2011, quando eu ia ser obrigada a superar o meu ódio por quem teve essa idéia ridícula e tomar alguma atitude.

Sim, eu tenho plena consciência de que deixar pra aprender as mudanças em cima da hora não é nem de longe a opção mais segura, mas depois de pensar em mudar de país, tornar o inglês o meu idioma oficial, ou organizar uma passeata contra a reforma ortográfica na Praça do Três Poderes, eu decidi que me recusar a aprender as novas regras era o jeito mais fácil (e menos eficiente) de protesto.

Ninguém perguntou o que eu, ou você pensávamos sobre essa mudança. Quem garante que eu quero escrever mais parecido com os portugueses ou outros povos de países de língua portuguesa? Não, eu não quero! Cada país de língua portuguesa tem suas individualidades na fala, na escrita, no vocabulário, e não é uma modificação aqui e outra ali que vai unificar os diferentes estilos de português que surgiram em cada país.

Angola, Cabo Verde, Moçambique, foram colonizados pelo mesmo país que nós, aprenderam o mesmo português que nós, mas o fato é que nós não somos mais colônias.

Os países de língua portuguesa sempre vão ter algo em comum, independente de adotarem o mesmo acordo ortográfico ou não, na minha opinião essa reforma é mais uma opressora de personalidade do que uma unificadora cultural ou qualquer coisa do tipo.

Mas, olhando pras novas regras, eu pude valorizar alguns aspectos já bastante esquecidos da ortografia anterior, por exemplo, quantos de vocês escreviam, de fato, "linguiça" com trema? Totalmente dispensável, não? NÃO. Como que explica pra uma criança que está sendo alfabetizada a pronúncia dessa palavra sem ser pela trema? O "voo" com chapéuzinho de vovô não fica muito mais elegante?

O fato é que, se uma criança de 9 anos (a irmã citada no início) está confusa com a mudanças, imagina quem, depois de se esforçar por anos para escrever certo, vai ter que aprender de novo?
Ok. ok, mudanças sempre correm risco de serem boas, e assim eu espero que seja.

Eu vou aceitar esse post como o meu tão sonhado protesto e vou deixar de lado essa história de só mudar em 2011. Eu já baixei meu manual do novo acordo, e de agora em diante eu estarei me esforçando pra praticar o novo jeito de escrever, afnal, como estudante de jornalismo eu não posso me dar ao luxo de ficar pra trás.

Ah, qual é, Plutão não é mais planeta, o Monte Everest não tem mais a mesma medida, que eu custei tanto pra decorar, porque, sabe-se lá porque, os professores julgavam importante que eu soubesse. Mudanças acontecem, e nós, seres humanos, temos a grande habilidade de nos adaptarmos. Então, vamos deixar de birra e estudar logo essa chatice de acordo ortográfico.

Pensa só nas histórias que a gente vai ter pra contar pros netos: "ô meu querido, minhas fraldas foram pagas por cruzeiros, naquela época a gente tinha 9 planetas, e você acha que a gente escrevia desse jeito? Nananinanão. Saudades daqueles tempos meu filho..."

segunda-feira, 9 de março de 2009

Mulheres, a evolução.


O Dia Internacional da Mulher foi estabelecido em 1910 numa conferência internacional na Dinamarca, sendo desde 1975 reconhecido pelas Nações Unidas. O dia 8 de março foi escolhido em homenagem às cerca de 130 mulheres mortas durante um protesto por redução de carga horária e melhores salários em uma fábrica têxtil de Nova Iorque.
Ontem, na igreja, o discurso sobre a origem do Dia Internacional da Mulher e sua importância foi muito mais poético e inspirador do que eu fiz acima, mas como minhas habilidades não me permitem nem reproduzir o que foi dito e nem criar nada melhor, fica aqui o meu pedido de desculpa.
Mas então, voltando a evolução...
Esses dias me mandaram um e-mail com algumas frases retiradas de revistas femininas antigas, como "O lugar de mulher é no lar. O trabalho fora de casa masculiniza" , publicada na Revista Querida em 1955 e "A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas, servindo-lhe uma cerveja bem gelada. Nada de incomodá-lo com serviços ou notícias domésticas" , do Jornal das Moças em 1959.
O conteúdo desses meios de comunicação do universo feminino são altamente contrastantes com as publicações de hoje.
O trabalho fora de casa é uma realidade concreta para a maioria das mulheres, o serviço doméstico não é mais uma atividade exclusivamente feminina, assim como a educação dos filhos. As mulheres, ao longo dos anos, a exemplo das operárias norte-americanas assassinadas, vêm lutando por seus direitos e saindo de um patamar inferior ao dos homens que por muito tempo foi imposto a elas.
Não que hoje todas as mulheres sejam obrigadas a virarem grandes executivas, independentes de homens, livres do serviço doméstico para consagrar as conquistas adquiridas nesses muitos anos. A maior de todas as conquistas não foi tomar o espaço historicamente masculino, mas sim ter a opção de compartilhá-lo com eles. É poder escolher entre a vida doméstica, o trabalho fora de casa, ou os dois de uma vez, é poder escolher entre ser casada, solteira, divorciada, é poder escolher a hora de ter filhos ou optar por não tê-los.
Enfim, parabéns mulheres de hoje, de ontem, de sempre, por todo o trabalho, toda a luta e todos os exemplos ;)