domingo, 5 de abril de 2009

Os livros, a minha mãe e a minha vida.

Eu sempre fui encantada por livros. Quando eu estava na barriga, minha mãe lia pra mim, e depois que eu saí de lá ela ainda fez isso por muito e muito tempo... Meu pai também sempre incentivou esse hábito e eu realmente tomei gosto pela coisa.
Claro que depois que eu descobri a internet e a TV a cabo eu diminuí consideravelmente a frequência das minhas leituras e eu não me orgulho nadinha disso. Mas ainda assim, não há TV ou MSN nesse mundo que me faça desgrudar de um bom livro, tá, o livro não precisa ser necessariamente bom, só precisa ter aquele sei lá o quê que te prende e pronto.
Tem uma infinidade de livros que as pessoas dizem que são bons, vai ver eles são mesmo, mas eu não encontrei o sei lá o quê neles... mas eu tentei, eu juro! Eu detesto abandonar um livro...
Eu queria mesmo era saber escrever, eu escrevo coerentemente, eu sei organizar um texto, mas definitivamente, eu não tenho o não sei o quê. Eu queria um dia deixar uma pessoa satisfeita com o que eu escrevi, fazer com que ela lesse com interesse do começo ao fim, mas eu acho que eu não chego lá. Minha mãe acha.
Ela sempre adorou o jeito que eu escrevo, não que eu mostre pra ela o que eu escrevo, eu sempre tive vergonha de deixar as pessoas verem o que eu escrevo e essa não é exatamente uma característica positiva pra uma jornalista.
Minha mãe lia minhas provas que eu largava pela casa, meus cadernos de redação, os bilhetes que eu escrevia pra ela... E sabe-se lá porquê ela gostava. Aliás, se eu estou fazendo jornalismo a culpa é dela. Entre outras coisas, eu queria pedagogia. Minha mãe fez pedagogia e ela se empenhou ao máximo pra me fazer desistir dela.
Ela disse que eu tinha que escrever. Que eu ia ser melhor escrevendo do que ensinando outras pessoas a fazê-lo. Coisa de mãe sabe...
Eu escuto minha mãe, sempre escutei, e aqui estou eu, fazendo jornalismo. Não, eu não vim obrigada, jornalismo sempre foi um dos meus sonhos, e ele tá se revelando melhor do que eu imaginava! Eu só espero que em algum momento eu me revele tão boa quanto a minha mãe me imagina.



A idéia original do post não era essa, eu até tive que mudar o título. Eu vim aqui falar de um livro que eu li recentemente, eu falo dele depois. Acontece que falar de livros implica em falar da minha mãe. Ela é uma pessoa que vale a pena conhecer, mas isso pode trazer consequências negativas, como quase desmanchar de saudade quando tem que ficar longe dela por algum tempo. <3